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GIOVANI BOHI GOULART

Bagé – Estado do Rio Grande do Sul – Brasil

II Lugar no Concurso de Poesias Gregório de Matos.

Licenciado em Letras e Pós-graduado em Comunicação, Expressão e Cultura.
Participou das antologias "Brasil Literário – 85" Ed. Crisális; "Nova Poesia Brasileiras – 86", Shogum Arte e "Valores Literários do Brasil – 86". Prêmio Camilo Rocha de Poesia (Bagé).

 

PALAVRA DESCALÇA. Melhores trabalhos do 1º. Concurso de poesia Gregório de Matos.  Encantado, RS: Edições Muiraquitã, 1988.  125 p.     15 x 21 cm     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

DECRETO ÚNICO

Da Louvação da Menina dos Olhos do poeta

 

       Parágrafo 1º.
Da boca da menina dos olhos do poeta

A boca da menina
Não fala, se insinua,
fica aberta como mina
de onde a prata, semi-crua,
lava quente de vulcão,
movimenta a paixão do poeta
e este decreta não veta
qualquer emoção.

 

       Parágrafo 2º
Do nariz da menina dos olhos do poeta

O poeta beija o nariz da menina
(nariz que não é lindo
mas que possui o erguimento
necessário à sublimação
decantada pelo poeta)
e levita, como se houvesse
comido Halls Mentho-Lyptus.
O nariz da menina
tem sabor de hortelã.

Parágrafo 3º.
Dos olhos da menina dos olhos do poeta

Não, não se parecem com estrelinhas
nem são gotejos do mar.
Não são verdes. Não são azuis.
São de um castanho bem comum.
Os olhos da menina são firmes.

Esta menina
que é poesia
em carne e osso,
olhos e cabelos,
pele e corpo,
boca e nariz.

Ah, o olhar da menina...
Joga-o para o poeta
como que ordenando:
— Ama-me!
(imperativo irresistível...)

Parágrafo 4º.
Do corpo da menina dos olhos do poeta

A menino tem o corpo em "s"
feito cobra.
A menina tem um corpo puro.
Mas não é pura.
A menina já amou.
Mas isso não importa.
A menina agora ama o poeta.

Parágrafo último
O poeta,
considerando os parágrafos anteriores,
decreta:
"À menina dos olhos do poeta
é concedido o direito de
ser senhora indiscutível e
única da cabeça do poeta."

 

*

 

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Página publicada em julho de 2021


 

 

 
 
 
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